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Estado de Minas LANÇAMENTO

Novo Corolla: por dentro do sedã

Em modelo atualizado da Toyota, o freio de mão e o tubo de TV na central multimídia são elementos que levantam discussão


postado em 09/09/2019 13:05

FOTO:Jorge Moraes/DP
FOTO:Jorge Moraes/DP

São Paulo (Guarujá) - A pergunta que aponta para um futuro bem próximo. O Corolla estará de volta ao topo dos carros que custam entre R$ 99 mil e R$ 139 mil no Brasil? Acredito e confesso que com a força da renovação visual e a entrega o melhor design de todas as gerações vai superar a marca em mais 60 dias dos 4,5 mil veículos prometidos como meta mensal.

 

Considere qualquer semelhança com o sedã Camry uma boa dose de elogio. Mas diante do novo híbrido flex e das suas versões dos andares de baixo estão dois pontos de discussão negativados por nove em cada dez internautas. A central multimídia com o “tubo de tv de série” e o freio de mão das antigas. De alavanca ainda. Pasmem! (inesperado).

 

O que dizer? A começar pela alavanca analógica posicionada ao lado do assento do motorista. Confesso que pouco me incomoda porque funciona e cumpre o que promete, mas diante de tanta eletrônica e modernidade quando se trata do mundo do futuro, sustentável e híbrido, ninguém esperava a peça. Não vou julgar aqui que apertar o botão é coisa de preguiçoso e entendo que é mais fácil porém acredito que na meia vida do projeto, quem sabe lá na frente, os japoneses mais antigos, conservadores, não entram na era da modernidade e rompem de vez com a turma de custos (preços) e mudam esse quesito. Quanto custaria a mais? Inviabilizaria o preço do carro?

FOTO:Jorge Moraes/DP
FOTO:Jorge Moraes/DP

E quanto à tela de oito polegadas com botões esquisitos e um case (tubo) traseiro que remete a uma TV analógica? Ouvi de muita gente e de centenas de seguidores em nossas redes sociais. Vou defender? Não, mas tentarei explicar o que não me convenceu. Ouvi do vice-presidente da Toyota, Miguel Fonseca, que a montadora investiu R$ 1 bilhão na plataforma TNGA e mais R$ 600 milhões nas motorizações para viabilizar a produção do Corolla 2020 e com isso atender às expectativas de dois mercados. O local e o da exportação.

 

A palavra chave para justificar o freio e o tubo. O VP explicou à nossa reportagem as duas questões: “O carro foi feito em um dólar muito forte e precisamos incorporar muitos componentes importados pagos pela moeda estrangeira. Compensar itens por exemplo. O mercado de exportação é sensível ao preço e necessitamos mandar o Corolla para fora do país sem o multimídia porque é preciso montar o after market e na estrutura de impostos eles penalizam a peça, por isso criamos um espaço atrás da tela para instalação de um acessório visando acomodar isso. Com essa estratégia conseguimos compensar o dólar e oferecer mais valor em tecnologia embarcada como o Toyota Safety Sense e suas quatro características”.

 

E quanto à alavanca de freio? “Também é uma questão de custo para o mercado de exportação, mas podemos mudar isso em mais dois a três anos. Estudamos e não foi fácil decidir”. Declarou Miguel Fonseca, que reconhece. As decisões não agradaram grande parte do público brasileiro. 

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